3.30.2007

O Amor é....

Por muito que se fale, por muito que se filosofe, jamais conseguiremos defenir este sentimento.
E para quê defini-lo??? Para nada!!! Cada um de nós é um ser único com os seus modos de ser e pensar. Basta respeitarmo-nos uns aos outros, aceitá-los como eles são e, provavelmente, um dia saberemos o que é amar.



  • Amor é fogo que arde sem se ver. É ferida que dói e não se sente. - Luis de Camões
  • Quem não considera os defeitos do ser amado como virtude, não ama. - Goethe
  • Amor: uma perigosa doença mental. - Platão
  • Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor. Como as outras, ridículas... - Fernando Pessoa
  • Quando o amor vos fizer sinal, segui-o; ainda que os seus caminhos sejam duros e escarpados. E quando as suas asas vos envolverem, entregai-vos; ainda que a espada escondida na sua plumagem vos possa ferir. - Khali Ghibran
  • O amor pode fazer um cão ladrar em versos. - John Fletcher
  • O Amor é Fodido - Miguel Esteves Cardoso
... anda aí muita gente confusa eheh ;)



Je suis ton pile
Tu es mes faces
Toi mon nombril
Et moi ta glace
Tu es l'envie et moi le geste
Toi le citron et moi le zeste
Je suis le thé, tu es la tasse
Toi la guitare et moi la basse

Je suis la pluie et tu es mes gouttes
Tu es le oui et moi le doute
T'es le bouquet je suis les fleurs
Tu es l'aorte et moi le coeur
Toi t'es l'instant moi le bonheur
Tu es le verre je suis le vin
Toi tu es l'herbe et moi le joint
Tu es le vent j'suis la rafale
Toi la raquette et moi la balle
T'es le jouet et moi l'enfant
T'es le vieillard et moi le temps
Je suis l'iris tu es la pupille
Je suis l'épice toi la papille
Toi l'eau qui vient et moi la bouche
Toi l'aube et moi le ciel qui s'couche
T'es le vicaire et moi l'ivresse
T'es le mensonge moi la paresse
T'es le guépard moi la vitesse
Tu es la main moi la caresse
Je suis l'enfer de ta pécheresse
Tu es le ciel moi la terre, hum
Je suis l'oreille de ta musique
Je suis le soleil de tes tropiques
Je suis le tabac de ta pipe
T'es le plaisir je suis la foudre
Tu es la gamme et moi la note
Tu es la flamme moi l'allumette
T'es la chaleur j'suis la paresse
T'es la torpeur et moi la sieste
T'es la fraîcheur et moi l'averse
Tu es les fesses je suis la chaise
Tu es bémol et moi j'suis dièse

T'es le laurel de mon hardy
T'es le plaisir de mon soupir
T'es la moustache de mon trotski
T'es tous les éclats de mon rire
Tu es le chant de ma sirène
Tu es le sang et moi la veine
T'es le jamais de mon toujours
T'es mon amour t'es mon amour

Je suis ton pile
Toi mon face
Toi mon nombril
Et moi ta glace
Tu es l'envie et moi le geste
T'es le citron et moi le zeste
Je suis le thé, tu es la tasse
Toi la putain et moi la passe
Tu es la tombe et moi l'épitaphe
Et toi le texte, moi le paragraphe
Tu es le lapsus et moi la gaffe
Toi l'élégance et moi la grâce
Tu es l'effet et moi la cause
Toi le divan moi la névrose
Toi l'épine moi la rose
Tu es la tristesse moi le poète
Tu es la belle et moi la bête
Tu es le corps et moi la tête
Tu es le corps. hummm !
T'es le sérieux moi l'insouciance
Toi le flic moi la balance
Toi le gibier moi la potence
Toi l'ennui et moi la transe
Toi le très peu moi le beaucoup
Moi le sage et toi le fou
Tu es l'éclair et moi la poudre
Toi la paille et moi la poutre
Tu es le surmoi de mon ça
C'est toi charybde et moi scylla
Tu es la mère et moi le doute
Tu es le néant et moi le tout
Tu es le chant de ma sirène
Toi tu es le sang et moi la veine
T'es le jamais de mon toujours
T'es mon amour t'es mon amour

3.15.2007

Casa Inundada

Hoje cheguei a casa e tinha a casa inundada... de Luz!!!
Depois de um dia de trabalho é bom chegar a casa, sentar, respirar fundo e disfrutar da calmaria que aqui mora.
Um bom disco, algo para beber e pronto, o stress desaparece.




"...quem vive próximo da natureza tende a ser bom. O motivo seria assistir a tantos Pores-do-sol. Não sei...É impossível assistir a um pôr-do-sol e ir depois pegar fogo à tenda do vizinho. Viver perto da Natureza é maravilhoso para a saúde mental." (em "Ismael" de Daniel Quinn, a respeito da teoria do bom selvagem).

aaaaaaah é bom chegar a casa....

...um grama de condão.





Here Comes The Sun

(George Harrison)

Here comes the sun, here comes the sun
And I say it's all right
Little darlin' it's been a long cold lonely winter
Little darlin' it feels like years since it's been here
Here comes the sun, here comes the sun
And I say it's all right
Little darlin' the smiles returning to their faces
Little darlin' it seems like years since it's been here
Here comes the sun, here comes the sun
And I say it's all right
Little darlin' I feel the ice is slowly meltin'
Little darlin' it seems like years since it's been clear
Here come the sun, here comes the sun
And I say it's all right
Here come the sun, here comes the sun
It's all right, it's all right

3.12.2007

"Fallen Art" por Tomek Baginski

Talvez inspirado pelo post do nosso amigo JPG, "Aguarela do Brasil" no seu Blog "Coffee Time", lembrei-me de uns vídeos de animação que tinha algures nos confins do meu disco duro.
Trata-se de umas curtas metragens do, já nomeado para oscar, Tomek Baginski.
Fiquei particularmente surpreendido por este "Fallen Art" não só pela qualidade da animação em si, como também, pela estória e respectiva banda sonora.
Este autor polaco possui também, pelo menos, mais três outros filmes de boa qualidade: "Katedra, "Undo" e "Rain", todos eles também dignos de serem vistos.
Fica a chamada de atenção para a banda sonora: "Asfalt Tango" interpretada pelos "Fanfare Ciocarlia" (estilo Kusturika) e que já actuaram há pouco menos de um ano no "Rosa Mota".
A estória desta obra multi-premiada poder-se-ía resumir da seguinte forma:
"Em uma base militar esquecida, os soldados que enlouqueceram devido aos horrores da guerra são recolhidos para uma missão final." (Rodrigo em www.officebravus.com)
Uma curta metragem de Condão :)

3.05.2007

Uma Aventura de Sonho - "The Long Way Round"

Como sou um amante incondicional de motos não podia de deixar de ler este livro. Fiquei curioso ao ver que um dos intervenientes ser o Ewan McGreggor ("Big Fish", "Star Wars" I e II , "Moulin Rouge"...) e que, tal como eu, é "maluquinho" por motas. Estes dois amigos, inspirados pelas aventuras de Ted Simon (um ex-jornalista que deu a volta ao mundo numa Triumph Tiger 500) em "The Jupiter's Travels", decidiram colocar mãos à obra e, depois de reunir uma equipa de apoio (não são nada burros...), ir dar uma "voltinha": de Londres a Nova Iorque pelo caminho mais longo. Sendo assim passaram pela Europa Central, Ucrania, Kazaquistão, Mongolia, Siberia e Canada (a ligação entre Magadan na Siberia e Anchorage no Alaska foi feito de Ferry).
Este livro não nos chateia com termos técnicos. Tem uma visão muito humana e relata, pela mão de cada um, as várias peripecias por que passaram durante 4 meses. Podemos ler desde os pensamentos mais pessoais (durante horas e horas de condução), passando pela contemplação de paisagens de cortar a respiração (algumas fotos no livro) até as aventuras de cada um (passagem de rios profundos, testas inchadas com mosquitos do Casaquistão,pontes em estado duvidoso, jantares com a máfia russa onde cantaram e deram tiros com Kalashnikov's, jantares com mongois onde provaram testículos de boi!!!!).
Foi com esta experiência e depois de ter visitado vários locais onde a UNICEF actua e ter contactado com crianças vítimas de Chernobyl e de apoio às crianças abandonadas na Ucrania que Ewan ficou particularmente empenhado em ajudar esta (e outras) associações. Desta forma, as verbas deste livro, assim como todo o merchandising associado, reverte, em parte, para essas mesmas instituições.
Acho que vale a pena ler.
Neste momento estão a planear o "Long Way Down" (de Londres à Cidade do Cabo).
Podem dar uma vista de olhos em: http://www.longwayround.com/html/longwayround.html
Apesar de, enquanto conduziam, ouvirem músicas dos Radiohead, Stereophinics, Massive Attack... vou colocar uma "Road Song" dos Black Crowes: "Wiser Time". Acho que liga bem com uma boa estrada ;))) (e segundo a imagem estereotipada dos "motoqueiros", para além da figura de feios, porcos e maus há sempre o R'n'R.... vou tirar tudo excepto o R'n'R eheheh).



No time left now for shame
Horizon behind me, no more pain
Windswept stars blink and smile
Another song, another mile
You read the line every time
Ask me about crime in my mind
Ask me why another road song
Funny but I bet you never left home
Chorus:
On a good day, its not every day
We can part the sea
And on a bad day, its not every day
Glory beyond our reach
Fourteen Seconds until sunrise
Tired but wiser for the time
Lightning 30 miles away
Three thousand more in two days

Jeff Buckley

Se pudesse colocaria todas as músicas do "Grace" aqui no "Grama de Condão" pois todo o album é digno de registo. Temas como "Hallelujah" (Leonard Cohen), "Lover You Should Have come Over" e "Last godbye" são inesquecíveis (e são daquelas músicas que me fazem parar no tempo e relaxar...). Em todo caso podem ouvir estes dois ultimos temas na playlist do "Fine Tune" colocado aqui ao lado.
Outros temas do "Sketches..." também não devem passar despercebidos: "Dream Brother", "Everybody here Wants You", "New Year's Prayer"...
Para finalizar este pequeno "ciclo Jeff Buckley" gostava de colocar mais um tema: "Forget Her" (um dos temas editados já em 2004 muito após a sua morte). Este (juntamente com o "Lover you should...") é mais um tema onde se pode apreciar a sua voz fantástica e ao mesmo tempo sentir o crescendo de dor e lamento de uma verdadeira "Love song".
Como sempre coloco as letras, pois acho que só assim se pode apreciar estas obras em toda a sua plenitude.




While this time's busy sleeping,
All the noise has died away.
I walk the streets to stop my weeping,
She'll never change her ways.

Don't fool yourself, she was heartache from the moment that you met her.
And my heart is frozen still as I try to find the will to forget her, somehow.
She's somewhere out there now.

Her love is a rose, pale and dying.
Dropping her petals in land unknown
All full of wine, the world before her, was sober with no place to go.

Don't fool yourself, she was heartache from the moment that you met her.
My heart is frozen still as I try to find the will to forget her, somehow.
She's somewhere out there now.

Well my tears fall down as I try to forget,
Her love was a joke from the day that we met.
All of the words, all of her men,
all of my pain when I think back to when.

Remember her hair as it shone in the sun,
the smell of the bed when I knew what she'd done.
Tell myself over and over you won't ever need her again.

But don't fool yourself,
she was heartache from the moment that you met her.
My heart is frozen still as I try to find the will to forget her, somehow.
She's out there somewhere now.

Oh She was heartache from the day that I first met her.
My heart is frozen still as I try to find the will to forget you, somehow.
Cause I know you're somewhere out there right now

3.02.2007

Jeff Buckley - Um hino à genialidade.

Depois de um grande senhor, como o “Camaleão”, só poderia vir outro (aliás David Bowie elegeu um dos seus álbuns - “Grace”- como um dos 10 álbuns que levaria para uma ilha deserta), trata-se de Jeff Buckley.
Filho do, também cantor de culto, Tim Buckley, Jeff era possuidor de uma voz assombrosa, pois conseguia abarcar 2 oitavas.
Começou a tocar guitarra aos 6 anos e, influenciado pela música que se ouvia lá em casa (de Led Zeppelin, Nina Simone até Al Di Meola e Yes.) desenvolveu um estilo único com o qual começou a fazer carreira.
Depois de ter estudado música em L.A. começou a tocar com várias bandas de rock, funk, jazz e reggae até criar a sua própria banda “God and Monsters”. Esta formação teve pouco tempo de vida uma vez que Jeff Buckley a abandonou optando por actuações a solo.
Estas actuações eram realizadas em clubes e cafés de Manhattan sendo o seu preferido um pequeno café irlandês chamado “Sin-é” onde começou a actuar regularmente em 1992. O seu reportório era constituído maioritariamente por versões rock, folk e jazz de outros cantores bem conhecidos tais como: Led Zeppelin, Bob Dylan, Edith Piaf, The Smiths, entre outros. Daqui resulta o seu primeiro disco, de registos ao vivo: “Live at Sin-é”.
É exactamente uma ano depois, em 1994, que Jeff Buckley (agora com uma banda a acompanhá-lo) lança o álbum que o tornaria conhecido em todo o mundo: “Grace”.



Este álbum foi agraciado com inúmeros prémios desde França até Austrália sendo variadíssimas vezes elogiado por nomes que outrora tinham sido as suas influências como Robert Plant e Jimmy Page dos Zeppellin, Bob Dylan e David Bowie.
Seguiu-se uma longa temporada recheada de concerto e tours mundiais até que em 1997 começou a trabalhar no que viria a ser o seu segundo albúm “My Sweetheart the Drunk”.



Este último, porém, iria ser editado postumamente.
Jeff Buckley morreria afogado no rio Wolf, pertencente ao Mississipi, numa noite em que decidiu ir dar um mergulho na companhia de um amigo. O seu corpo só seria encontrado 7 dias depois. Tinha 30 anos.
Fica na sua discografia “Live at Sin-é”, “Grace” e “Sketches (For My Sweetheart the Drunk)”, outros viriam mas como registos áudio e vídeo de concertos ao vivo.
Fala-se actualmente numa possível edição de um álbum com alguns temas que Jeff estaria a trabalhar na altura da sua morte e outros que nunca foram editados.
Só um génio poderia criar o que criou em apenas cinco anos…

Ficam, para já, dois temas do "Grace": "Grace", onde se pode comprovar a sua excelente capacidade vocal e "Lilac Wine" um tema baseado numa versão de Nina Simone.



There's the moon asking to stay
Long enough for the clouds to fly me away
Well it's my time coming,
I'm not afraid to die
My fading voice sings of love,
but she cries to the clicking of time
Oh, time,
Wait in the fire...
And she weeps on my arm
Walking to the bright lights in sorrow
Oh drink a bit of wine we both might go tomorrow
Oh my love...
And the rain is falling and I believe my time has come
It reminds me of the pain I might leave behind...
Wait in the fire
And I feel them drown my name
So easy to know and forget with this kiss
I'm not afraid to go but it goes so slow




I lost myself on a cool damp night
Gave myself in that misty light
Was hypnotized by a strange delight
Under a lilac tree
I made wine from the lilac tree
Put my heart in its recipe
It makes me see what I want to see…
And be what I want to be
When I think more than I want to think
Do things much I never should done
I drink much more than I ought to drink
Because it brings me back you...
Lilac wine is sweet and heady, like my love
Lilac wine, I feel unsteady, like my love
Listen to me…
I cannot see clearly
Isn't that she coming to me nearly here?
Lilac wine is sweet and heady, where's my love?
Lilac wine I feel unsteady,
where's my love?
Listen to me, why is everything so hazy?
Isn't that she, or am I just going crazy, dear?
Lilac wine,
I feel unready for my love