4.17.2007

Douro Internacional - Um Tesouro aqui tão perto!!

No último fim-de-semana prolongado, peguei nas botas de montanha e rumei até à zona do Douro Internacional.
Se descrevesse tudo o que vi e senti não chegariam dois blogues....
Comecei por Almeida, pitoresca com as suas ruínas e um picadeiro belíssimo, e mais tarde segui para Figueira de Castelo Rodrigo.

Aqui explorei as suas muralhas, castelo,e lojinhas com produtos da região. Como a noite se aproximava (e a chuva também) pernoitei por lá.
No dia seguinte ainda visitei Almofala, "a capital das amendoeiras em flôr", Escarigo e Mata de Lobos.

Foi ali em Almofala que fui até a um miradouro natural onde se pode ver as arribas do Rio Águeda - Sto. André. Digo-vos, é divinal!!! Respira-se paz, respira-se ar puro, respira-se natureza no seu maior esplendor, observa-se o vôo de grifos e outras aves de rapina e, com um olhar mais atento, observa-se algumas construções pré-históricas.

Ainda passei pela albufeira e torre de almofala, de onde se poderia realizar mais alguns percursos (não fosse a chuva!!) devidamente assinalados por placas do ICN.
Dali rumei a Barca de Alva passando por Escalhão (como se chamarão as pessoas de lá?...). Barca de Alva, onde já se começa a apreciar o rio Douro e ao contrário do que pensava, não tem nada de especial para ver, com a devida excepção do rio e da velha estação de caminho de ferro, da já extinta linha do Douro. Foi nestas "ruínas contemporâneas" que vi o maior n.º de ninhos de andorinhas por metro quadrado.

Objectivo seguinte: Freixo de Espada à Cinta. A estrada nacional que liga estas duas localidades está em muito bom estado e percorre as margens do rio Douro. Desta forma para-se em muitos sítios para apreciar a paisagem , tirar fotos e gozar desta calmaria. Se tiverem atentos ao céu, verão muitas aves que só ali nidificam.
Sempre a fugir à chuva, continuei por Mogadouro até Miranda do Douro de onde regressei.
Fica na memória a beleza natural, o cheiro da terra que começa a despontar (a urze, o rosmaninho....), a fauna e flora belíssima e...o pão!!! (delicioso!!)
Deixo, em jeito de Prof. Marcelo, uma nota negativa aos postos de turismo, centros de informação do ICN e a alguns museus e conventos que estiveram fechados durante esse fim-de-semana.
"Ó pá!!! Quem iria adivinhar que num fim-de-semana prolongado houvesse turistas??? (e a maior parte deles eram espanhóis...)." Depois queixem-se....
Fica a vontade de voltar, desta vez em duas rodas e com binóculos (as aves deviam voar mais baixinho, caraças!!!) para explorar o muito que ficou por explorar.
Bora lá?


Apetece dizer: " Eu quero uma casa no campo"









Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
E um filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
e nada mais