7.06.2007

Linguagem Universal

Na semana passada, por motivos profissionais, tive que me deslocar até Hamburgo. Depois de horas intermináveis de voos (devido aos atrasos por causa do mau tempo) e outras tantas de reuniões lá nos "brindaram" à noite com um jantar "à alemã".
Aí, no meio de um temporal, como nunca visto naquela região, e dos "bratwurst" consegui finalmente conhecer melhor os meus colegas de outras países e de outras culturas.
Na mesa onde fiquei estava um francês, um suiço, uma holandesa, um austríaco e uma alemã (a anfitriã). No meio das garfadas lá se ía tentado falar dos vários países, da sua gente, hábitos, etc. mas a conversa não"desenvolvia" para desepero da nossa anfitriã, que bem se esforçava a dar dicas para os vários assuntos. Eis senão quando, no meio de uma conversa que estava a manter com ela sobre uma viagem a NY, falei de música (blues e jazz) - os olhos dela brilharam "I love jazz!!" disse ela. Quando tal descobrimos que toda aquela gente que estava na mesa eram todos fãs de Jazz. Pronto! Estava o mote lançado! Foi a noite toda a falar de música. O francês já tinha o previlégio de ter visto Ella Fitzgerald ao vivo bem como Stephane Grapelli, o suiço era louco por Miles Davis, a alemã por Liza Ekdahl, Oscar Peterson e bossanova (embora não percebam puto do que se diz)... enfim foi um bela "cavaqueira" bem regada com uma "lagger".
No final, e porque tinha dito que gostava também de Oscar Peterson, a minha colega alemã prometeu-me um disco dele que não conhecia.
No dia seguinte lá estava ela com o "Soul Español"!!!
Ficou prometido da próxima vez levar-lhe alguma coisa de Jobim e de fado.
Parece que no fim de contas sempre existe uma linguagem que toda a gente entende... a música.
Aqui fica uma faixa desse album: "Soulville Samba".