3.02.2007

Jeff Buckley - Um hino à genialidade.

Depois de um grande senhor, como o “Camaleão”, só poderia vir outro (aliás David Bowie elegeu um dos seus álbuns - “Grace”- como um dos 10 álbuns que levaria para uma ilha deserta), trata-se de Jeff Buckley.
Filho do, também cantor de culto, Tim Buckley, Jeff era possuidor de uma voz assombrosa, pois conseguia abarcar 2 oitavas.
Começou a tocar guitarra aos 6 anos e, influenciado pela música que se ouvia lá em casa (de Led Zeppelin, Nina Simone até Al Di Meola e Yes.) desenvolveu um estilo único com o qual começou a fazer carreira.
Depois de ter estudado música em L.A. começou a tocar com várias bandas de rock, funk, jazz e reggae até criar a sua própria banda “God and Monsters”. Esta formação teve pouco tempo de vida uma vez que Jeff Buckley a abandonou optando por actuações a solo.
Estas actuações eram realizadas em clubes e cafés de Manhattan sendo o seu preferido um pequeno café irlandês chamado “Sin-é” onde começou a actuar regularmente em 1992. O seu reportório era constituído maioritariamente por versões rock, folk e jazz de outros cantores bem conhecidos tais como: Led Zeppelin, Bob Dylan, Edith Piaf, The Smiths, entre outros. Daqui resulta o seu primeiro disco, de registos ao vivo: “Live at Sin-é”.
É exactamente uma ano depois, em 1994, que Jeff Buckley (agora com uma banda a acompanhá-lo) lança o álbum que o tornaria conhecido em todo o mundo: “Grace”.



Este álbum foi agraciado com inúmeros prémios desde França até Austrália sendo variadíssimas vezes elogiado por nomes que outrora tinham sido as suas influências como Robert Plant e Jimmy Page dos Zeppellin, Bob Dylan e David Bowie.
Seguiu-se uma longa temporada recheada de concerto e tours mundiais até que em 1997 começou a trabalhar no que viria a ser o seu segundo albúm “My Sweetheart the Drunk”.



Este último, porém, iria ser editado postumamente.
Jeff Buckley morreria afogado no rio Wolf, pertencente ao Mississipi, numa noite em que decidiu ir dar um mergulho na companhia de um amigo. O seu corpo só seria encontrado 7 dias depois. Tinha 30 anos.
Fica na sua discografia “Live at Sin-é”, “Grace” e “Sketches (For My Sweetheart the Drunk)”, outros viriam mas como registos áudio e vídeo de concertos ao vivo.
Fala-se actualmente numa possível edição de um álbum com alguns temas que Jeff estaria a trabalhar na altura da sua morte e outros que nunca foram editados.
Só um génio poderia criar o que criou em apenas cinco anos…

Ficam, para já, dois temas do "Grace": "Grace", onde se pode comprovar a sua excelente capacidade vocal e "Lilac Wine" um tema baseado numa versão de Nina Simone.



There's the moon asking to stay
Long enough for the clouds to fly me away
Well it's my time coming,
I'm not afraid to die
My fading voice sings of love,
but she cries to the clicking of time
Oh, time,
Wait in the fire...
And she weeps on my arm
Walking to the bright lights in sorrow
Oh drink a bit of wine we both might go tomorrow
Oh my love...
And the rain is falling and I believe my time has come
It reminds me of the pain I might leave behind...
Wait in the fire
And I feel them drown my name
So easy to know and forget with this kiss
I'm not afraid to go but it goes so slow




I lost myself on a cool damp night
Gave myself in that misty light
Was hypnotized by a strange delight
Under a lilac tree
I made wine from the lilac tree
Put my heart in its recipe
It makes me see what I want to see…
And be what I want to be
When I think more than I want to think
Do things much I never should done
I drink much more than I ought to drink
Because it brings me back you...
Lilac wine is sweet and heady, like my love
Lilac wine, I feel unsteady, like my love
Listen to me…
I cannot see clearly
Isn't that she coming to me nearly here?
Lilac wine is sweet and heady, where's my love?
Lilac wine I feel unsteady,
where's my love?
Listen to me, why is everything so hazy?
Isn't that she, or am I just going crazy, dear?
Lilac wine,
I feel unready for my love

6 comentários:

MCP disse...

it runs in the family...

Quanto a mim, prefiro de longe o Buckley pai. O grande registo? «Tim Buckley live at The Troubadour», em 1969. What a trip!

pessoa disse...

Tim Buckley....Fica a sugestão!!!

Mojo Pin disse...

Primo, foi sem dúvida "O" melhor de todos os tempos. É "O" melhor. Lilac Wine uma das minhas preferidas e que já passou lá no código. Era um génio, pena ter partido tão cedo.*

Anónimo disse...

Peçam-me um nome da música em genialidade e a resposta é o nome desse Senhor. Deixou-nos uma pequena mas valiosa parte do que poderia ter deixado. Deixou-me também com uma falha que não poderei reparar: assistir a um espectáculo seu ao vivo. Lamentarei sempre.

Abraço

tb disse...

Outra boa escolha! E um optimo trabalho.
beijo

Jorge P. Guedes disse...

Parabéns, fiquei a saber quase tudo sobre Jeff Buckley que ainda não sabia.
um dos grandes da geração da "malta dos intas", que não é o meu caso, mas ...que diabo...tenho ouvidos e sei distinguir o bom do mau. Jeff foi grande!

Saudações: